sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Íntegra da apresentação na Casa de Dona Yayá



Apresentação na Casa de Dona Yayá (SP), em 27 de novembro de 2011, filmada por Chico Lobo e Rabetti


O Pastoril do Ô de Casa, que tem a duração aproximada de 45 minutos, inclui-se na categoria dos pastoris sagrados, já que seu cantos e louvores são solenes, embora repletos de alegria e regozijo, refletindo uma atmosfera de júbilo cristão pelo nascimento do Messias, consumando assim o que havia sido anunciado pelos profetas bíblicos. Há uma outra linha - a dos pastoris profanos -, estes também de extrema importância no universo da cultura popular, que se caracteriza por grande espírito jocoso, explorando a irreverência, certa malícia e licenciosidade, sem perder, contudo, o enfoque principal: a manifestação de alegria pelo nascimento de Jesus.
O Grupo pesquisou, além de gravações em áudio, gravações em vídeo e fotografias, literatura clássica sobre o tema, incluindo Luiz da Câmara Cascudo e Mário de Andrade. Alguns integrantes do grupo, provenientes de outras regiões do Brasil, assistiram, na infância, à apresentação do Auto e narraram suas lembranças para os colegas.


PASTORIL - GRUPO Ô DE CASA


Cordão Encarnado:
Mestra - Joyce
Pastora - Adrielle
Borboleta - Letícia
Florista - Valquiria
Cigana - Ana 


Cordão Azul:
Contramestra - Tais
Pastora - Jeise
Borboleta - Luana
Florista - Tainá
Camponesa - Thaynara

Diana - Tania
Estrela - Tatiana
Incrédula/Palhaço - Lourdinha
Anjo - Zoraide
Pastor - Bruno
Madrinha - Angelita


Percussão: Bruno, Caíque, Jefferson, Anderson, Marcos


Coreografia e Figurinos: Criação coletiva
Adereços: Cláudio Araújo


Idealizador: Eli Clemente


Contato:
Tony Fernandes
(11) 3853-5135
(11) 9262-8504
fernandes.tony@yahoo.com.br


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Pastoril

O Auto Natalino PASTORIL é a teatralização da viagem empreitada pelas pastoras (ou pastorinhas) que se dirigem a Belém para prestar louvores ao Menino Jesus, recém-nascido. Transmitem a alegria popular pelo seu nascimento entre os pobres e, na caminhada, confraternizam com a beleza da natureza e dos seres humanos com quem se encontram no caminho para a Manjedoura. Vincula-se à tradição medieval do teatro religioso semi-popular, uma vez que as comemorações de datas significativas ao catolicismo (Natal, Páscoa, Pentecostes e outras) transcendiam os espaços estritamente eclesiásticos, assumindo também o caráter de grandes festas populares.


Fotos: D. Martins


Em sua estrutura tradicional o Pastoril se compõe de dois cordões de pastoras em suas cores-padrão: o Azul, liderado pela Contra-Mestra, e o Encarnado, pela Mestra. Há uma certa rivalidade entre eles, uma vez que disputam a preferência dos espectadores, denominados partidários. Entre os cordões, atua a Diana, que se veste de ambas as cores, pois simboliza o equilíbrio entre as diferenças. As outras figuram complementam e pontuam o enredo.
Subdivide-se o auto em várias jornadas, cantadas e dançadas pelas pelas personagens, e cada uma delas é marcada por um ritmo diferente (marchinha, ciranda, maxixe, valsinha).
Pertencendo à tradição folclórica brasileira originária da Península Ibérica, o Pastoril constitui-se num importante auto do Ciclo Natalino, época em que é apresentado (de meados de dezembro ao Dia de Reis) e, até metade do século XX, era encenado em todo o Brasil.
Atualmente, é mais comum no nordeste brasileiro.